Um conto tão pouco fictício.

Era uma vez...
A ilusão (Aquela) e a realidade ou felicidade (Essa).
É. Era uma vez. Ela, Essa.
É dela quem vou falar. É dela que quero falar, é a história dela.
É um conto, tão pouco fictício. É um conto de fadas.
O tempo passou e o que estava tolhido quis sair, e tá saindo.
É um sentimento tácito, é algo que tem que sair, e tem que se depreender à ela.
Nunca pude assumir a mim mesmo que gostava dela. Era algo disforme de qualquer erro em um relacionamento.
Assumir que gostava dela era difícil. Mas 'aquela' sempre soube que era dessa que eu sentia algo.
O tempo passou e desacreditei de que algo com 'essa' seria tangível, realizável, iria contra quaisquer tipo de valores, iria contra meu ego ou escrupulidade. Seria tormentador. Me mantive em postura, negando em alma viva de que não era o que diziam ou que parecia, que era uma análise totalmente oblíqua.
Mais não para mim, no meu fundo, aquilo era sabido da verdade, era eu querendo.
Quando eramos postos a sós, me sentia com a pessoa mais legal do mundo, meu sorriso se animava e minha tristeza se esvaía.
Foi depois de muito tempo, de notar que o que devemos procurar é a felicidade, a pessoa que nos faz bem quando está perto, que nos faz notar que a vida com ela pode ser melhor ainda. Foi depois desse tempo que decidi escrever, e está escrito.
Estou começando a criar coragem para dizer-lhe-a o quanto me sinto lisongeado de a ter conhecido. E de que o quanto me sentiria feliz de ter uma chance.
Tudo está se acertando, as peças estão se entalhando, tudo está ficando claro.
E para você também ficará. Deveria estar desde a época que descobrimos que gostavamos da mesma coisa, das mesmas comidas, das mesmas esquisitices, dos mesmos refrigerantes, das mesmas misturas estranhas de bebidas.
Tem um propósito em algo aí. Eu não acredito mais em coincidência, eu agora acredito em destino.
Coincidiu tudo isso, mas se destinou à algo, e por fim, se destinou.

Mas, nem todos os contos de fadas acabam bem. Deveria esse acabar muito bem. Mas preciso ter coragem, de apenas dizer, que esse conto é verdade, e é a minha verdade.

Era uma vez, um sentimento singelo, aflorado com o tempo
Mas era tarde demais. Era apenas tarde demais.

'Era' uma vez...


Yuri Bueno.